terça-feira, 8 de junho de 2010

Margarinas

Margarinas
A margarina é uma emulsão de gorduras e óleos com leite, que tem aparência de manteiga, e contém aromas, corantes e substâncias nutricionais, como vitaminas e conservantes. Os maiores componentes da margarina são os óleos líquidos e os parcialmente hidrogenados, essa proporção varia de acordo com a finalidade do produto (margarina de mesa, da cozinha ou fins industriais). O leite utilizado na fabricação é pasteurizado à temperatura de 85 – 95o C, resfriado e fermentado para obter um sabor desejável. Manteiga, diacetil ou aromas sintéticos também podem ser adicionados à margarina para produzir sabor. A adição de pequenas quantias de lecitina facilita a emulsão de gordura em água. Corantes vegetais como cúrcuma, açafrão e pigmentos naturais podem ser adicionados. Após a adição da mistura de óleos na gordura e a adição dos emulsificantes e os demais ingredientes, é produzida uma emulsão com emprego de bombas de aço inoxidável à temperatura de 30 – 34o C. Esta emulsão é transferida sob pressão de 20 atmosferas para um congelador cilíndrico encamisado e resfriado com amônia ou salmoura à temperatura de –15 a –18o C, promovendo a solidificação, que é raspada por meio de facas raspadoras e depois são conduzidas por um cilindro adquirindo estrutura cristalina e subseqüentemente embalada.

Hidrogenação

Hidrogenação
É a adição de hidrogênio nas insaturações dos ácidos graxos insaturados, permitindo transformar óleos em gorduras plásticas, como a transformação de óleo vegetais em margarina, tornar as gorduras mais rígidas ou reduzir a suscetibilidade a rancidez. O hidrogênio gasoso reage com o óleo ou a gordura na presença de um catalizador (platina, paládio ou níquel), industrialmente o níquel, por ser de menor custo. O catalisador adsorve os regentes sobre a sua superfície, rompendo parcialmente as duplas ligações entre os carbonos e a ligação simples entre os hidrogênios, efetivando em seguida a adição dos hidrogênios e a dessorção da superfície do catalisador. Em geral a hidrogenação é conduzida de forma incompleta, visando a produção de gorduras parcialmente hidrogenadas, podendo ser seletiva ou não seletiva. O processo é considerado seletivo quando a adição de hidrogênio aos ácidos graxos mais insaturados prevalece sobre a hidrogenação dos menos insaturados, sendo mais seletivo com o aumento da temperatura de reação. Na hidrogenação parcial, uma parcela das duplas ligações remanescentes podem formar isômeros por troca de configuração de “cis” para “trans”, ou por mudança de posição da dupla ligação na cadeia hidrocarbonada. Com a hidrogenação ocorrem as seguintes alterações nos óleos e gorduras:
a) ponto de fusão para temperatura mais alta;
b) maior estabilidade ao processo de oxidação

Diferença de soja trangênica e orgânica

O que é soja transgênica
Existem vários tipos de soja transgênica sendo desenvolvidos atualmente. A mais conhecida e plantada comercialmente é uma planta que recebeu, por meio de técnicas da biotecnologia, um gene de um outro organismo capaz de torná-la tolerante ao uso de um tipo de herbicida, o glifosato1.
Esse gene foi extraído de uma bactéria do solo, conhecida por Agrobacterium, e patenteado por uma empresa privada. Estruturalmente, é muito parecido com os genes que compõem o genoma de uma planta. Quando inserido no genoma da soja, tornou a planta resistente à aplicação do herbicida.
Essa novidade chegou ao campo pela primeira vez nos Estados Unidos, na safra de 1996. No ano seguinte, os agricultores argentinos também já aderiram à novidade. Com a nova tecnologia, fica mais fácil para os agricultores controlarem a planta daninha sem afetar a soja.
A lógica desta tecnologia é a mesma usada na produção de soja convencional, já que ela está baseada na aplicação de herbicida e numa crescente dependência das empresas fornecedoras que, com isso, faturam duplamente: uma com a venda da semente e outra com a venda do herbicida. O que é velho surge com cara de novo e é apresentado como símbolo de progresso e modernidade. Quando se fala dos riscos, a discussão fica limitada a supostos futuros efeitos da manipulação genética sobre a saúde humana, os quais ainda não estariam confirmados. O perigo da dependência dos agricultores em relação ao monopólio das empresas, que certamente esperam um futuro pagamento de royalties pela semente e a incerteza na comercialização, pouco aparecem no debate.
Uma das principais polêmicas sobre a soja, hoje no Brasil, é a questão dos grãos geneticamente modificados. Como o plantio transgênico se expandiu muito nos últimos anos, em nível mundial, e a soja é um dos principais produtos brasileiros de exportação.
1 O glifosato é um produto comumente utilizado pelos agricultores no controle de plantas daninhas e limpeza de áreas antes do plantio de uma cultura. Suas moléculas se ligam a uma proteína vital da planta, impedindo seu funcionamento e ocasionando sua morte. Os efeitos do herbicida Glyphosate sequer são mencionados. Os representantes das empresas fornecedoras do produto alegam, inclusive, que se trata de um “medicamento”
inofensivo para animais e seres humanos, o qual, em contato com o solo, se converteria em outras substâncias não tóxicas. Mas, na realidade, isso não confere. Glyphosate é uma substância química desenvolvida a partir do
“Agente Laranja”, usado na guerra do Vietnã. Seus efeitos no Vietnã ainda hoje são visíveis, onde toda uma geração sofre de anomalias congênitas que afetam o normal desenvolvimento de seus braços e pernas.

Brasil, o governo foi duramente pressionado pelos grandes proprietários rurais a liberar a comercialização e o plantio de soja transgênica no país. A discussão não está encerrada.

O que é soja orgânica
A soja orgânica é cultivada livre de produtos químicos como herbicidas, fungicidas e inseticidas, é também um bom investimento para pequenos produtores: a soja orgânica é comercializada com preços superiores à soja convencional. Além disso, de modo geral, o custo de produção é menor do que no sistema convencional.
O cultivo de soja orgânica para consumo humano é uma alternativa para pequenos agricultores. O sistema orgânico proporciona ainda inúmeros benefícios para o meio ambiente.

Caldeiras Industriais

Caldeiras Industriais
Corrosão em Sistema de Geração de Vapor
O vapor é o fluido depois da água mais utilizado nos processos industriais.

Pode ser usado para:
Geração de energia decorrente da utilização do vapor superaquecido de média ou alta pressão;
Controle de temperatura em reações químicas;
Auxiliar no processo de destilação;
Aquecimento do meio ambiente na área de conforto térmico;
Combate ao fogo;
Agente de limpeza, e acelerador das limpezas alcalinas e árida.
TIPOS DE CALDEIRAS
Caldeiras são equipamentos que tem a finalidade de gerar vapor. Dividem-se em dois tipos:
Fogatubulares : Constituídas de um corpo cilíndrico contendo em seu interior um tubo central de fogo e tubos de menor
diâmetros de gases, dispostos em duas ou mais passagens.
Aguatubulares: Constituídas de uma tubulação de vapor e uma ou mais tubulações inferiores denominados de lama.
Em operação transformam energia potencial dos combustíveis em energia calorífica, a qual é transformada
em vapor.
Observações sobre diferentes pressões:
Muito Baixa Pressão até 100 psi
Baixa Pressão 100 200 psi
Média Pressão 200 700 psi
Alta Pressão 700 1500 psi
Muito Alta Pressão 1500 3209 psi
Supercrítica acima de 3209 psi
FATORES QUE ACELERAM A CORROSÃO
Como as caldeiras são de grande importância para as indústrias que necessitam de vapor, o processo de corrosão deve ser controlado e evitado ao máximo.
Por esse motivo é necessário o controle e tratamento da água que é utilizada em caldeiras.

Fatores associados a corrosão:
1.Corrosão Ácida Generalizada
Corrosão nas superfícies internas da caldeiras resultante do uso de águas com baixo valores de pH.

2.Corrosão por Oxigênio
Aeração Diferencial: Quando a água utilizada é aerada ou a remoção de oxigênio é incompleta ou em caldeiras fora
de operação
Fratura da Magnética Protetora: A corrosão é localizada na forma puntiforme em decorrência da existência de pequenas
áreas anódicas, junto a grandes áreas catódicas.

3.Corrosão por Metais Dissimilares- Corrosão Galvânica
Diferentes metais podem ser conduzidos para o interior da caldeira, quando ionizados, complexados pela ação da amônia
e/ou no estado particulado.


4.Corrosão por Ácido Sulfídrico
A reação de gás sulfídrico com água produz ácido sulfídrico, que pode a vir se combinar com diferentes metais formando
sulfatos metálicos correspondentes.

5.Corrosão Ácida Localizada
Obretas: Concentração de sais ácidos ou de cloretos dissolvidos na água da caldeira poderá nos levar aos seguintes casos:
a.1) Sais ácidos poderão se hidrolisar sob depósitos produzindo condições de pH baixo.
a.2) Elevados teores de cloretos em geral na água da caldeira, poderão concentrar-se em altos níveis sob depósitos ou
fendas em meio aerado, provocando problema semelhante ao caso anterior.
A corrosão nos dois casos se estende por toda a área onde se armazenou o ácido formado.
Soda Cáustica: É usado na água de caldeira afim de elevar o valor de pH, para preservação do fino filme protetor
de óxido de feno magnético.

6.Corrosão por Agente Quelante
Tem características semelhantes a da corrosão cáustica. Ela ocorre quando camadas de vapor se formam ao longo das linhas
de água ou quando a evaporação da água deixa um resíduo concentrado de quelato.
FALHAS QUE PODEM OCORRER EM CALDEIRAS

1. Falhas por Superaquecimento
São ocasionadas por incrustações ou camadas de vapor depositadas sobre as superfícies dos tubos das caldeiras que podem
reduzir a taxa de transferência de calor.
1.a) Superaquecimento por Longo Período-Provocado por Incrustações-Fluência:
Ocasionada por sais minerais dissolvidos em suspensão na água de caldeiras. Entre os problemas gerados temos:
Aumento no consumo de combustível e formação de depósitos porosos, propícios a localização de cloretos ,quelantes
e soda cáustica que provocam a corrosão.
1.b) Superaquecimento por Curto Período Provocada por Camadas de Vapor
As camadas de vapor sobre as superfícies do tubo impedem sua refrigeração pelo seu grande poder isolante , gerando
assim um superaquecimento das suas paredes com temperaturas oscilando entre 700 e 8000C, provocando assim
deformação plástica e ruptura.

2. Fadiga Térmica
Esse tipo de corrosão é resultante de esforços de tração cíclicos, que são acelerados quando operados em um
ambiente corrosivo.

3. Ocultamento - Hide-Out
É o decréscimo de concentrações de sais minerais solúveis na água da caldeira, tais como fosfato, sulfato, cloreto e hidróxido
de sódio. Acontece em zonas de elevada taxa de transferência de calor. As conseqüências são a falta de refrigeração das
paredes dos tubos onde ele se estabelece.


PREVENÇÃO DE CORROSÃO EM CALDEIRAS:
Consiste em: -Tratamentos externos nas águas de alimentação;
-Tratamentos internos nas águas de caldeiras.
1. Tratamentos Externos
1.a) Remoção da Turbidez e Cor
Para evitar que haja o aumento de depósitos nas superfícies de geração de vapor.
1.b) Remoção de Ferro e Manganês
É necessário fazer uma pré-cloração na água, a fim de que o processo de oxidação do Fe e Mg seja acelerado mantendo-se
um residual de cloro de 2ppm.
1.c) Remoção da Dureza
Pode ser obtida utilizando-se os seguintes processos:
- Recuperação máxima possível de vapor condensado;
- Utilização de hidrogênio de cálcio para o abrandamento de água com dureza temporária;
- Utilização de ortofosfato em meio alcalino e a temperatura de 800C, para redução da dureza total a zero;
- Redução da dureza pela utilização de resinas trocadoras ou permutadoras de íons de natureza catiônica.
1.d) Desmineralização
Remoção de todos os íons de uma água por meio de utilização de resinas catiônicas e aniônicas.
1.e) Remoção de Gases
Desaeração Mecânica: É feito aquecendo-se a água com vapor em contracorrente. Tipos de processos:
- Jateamento ou escoamento da água em uma grande superfície em contra corrente com vapor;
- Desaeração à vácuo feito a frio por abaixamento de pressão.
2.Tratamentos Internos:
Tratamento usado para remoção de oxigênio, neutralização do dióxido de carbono, correção do pH das caldeiras. É também usado para evitar incrustações ou depósitos
nas superfícies de geração de vapor.
2.a) Desaeração Química
Utiliza o composto sulfito de sódio, que acarreta um constante aumento dos sólidos dissolvidos na água, devido a formação
de sulfato de sódio. É uma reação lenta e incompleta em águas com temperatura acima de 1200C, e uma reação completa
na água do interior da caldeira. Utiliza-se também Hidrazina, que com o oxigênio produz água e nitrogênio, gás inerte
que se desprende com o vapor.
2.b) Ataque Ácido
Consiste na alcalinização da água de alimentação, utilizando-se soda cáutica não carbonatada e isenta de cloretos.
2.c) Corrosão Galvânica
É evitada com eliminação da contaminação por cobre ionizado, complexado e no estado metálico, das seguintes maneiras:
- Utilização de hidrazina;
- Não utilização da amônia;
- Evitar condensados ácidos, e setores de bombas feitos com bronze;
- Ser rigoroso na operação de limpeza química.
2.d) Ataque pelo Ácido Sulfídrico
Não utilizar água que contenha H2S e sulfito de sódio catalisado.
2.e) Ataque sobre Depósitos
Utilizar águas abrandadas, limitar o valor de cloretos na água de caldeira e limitar a presença de alcalinidade hidróxido.
2.f) Ataque Quelante
Evitar zonas de concentração, não utilizar tratamento quelante em águas com durezas variáveis e evitar excetos de quelantes
2.g) Corrosão Sob Tensão Fraturante
Evitar alcanilidade hidróxido acima do limite indicado e áreas de concentração junto a zonas tensionadas.
2.h) Corrente por Corrente de Fuga
Montar a caldeira corretamente aterrada.
2.i) Proteção de Caldeiras Paradas
Proteção contra a corrosão pelo oxigênio.
2.i.1) Proteção por Curto Período: É feita por agentes redutores como o sulfito de sódio catalisado ou pela hidrazina ativada.
2.i.2) Proteção por Longos Períodos: É feita com inibidores de corrosão ou pela proteção seca.
2.i.3) Proteção Seca com Inibidores em Fase Vapor: Utiliza inibidores, que são substâncias cristalinas como, o nitrito ou
benzoato associados a bases orgânicas voláteis.

Descrição do processamento de soja

Descrição do processamento de soja
A soja é recebida das diversas regiões produtoras através de caminhões ou trens. Quando os caminhões ingressam no pátio ou vagões no desvio ferroviário construído pela empresa,
inicia-se a primeira etapa de industrialização dessa oleaginosa: a pesagem em balanças, em seguida, o encaminhamento as moegas de recebimento. Depois a soja é transportada para o setor de limpeza, onde passam por equipamentos de pré-limpeza para a remoção de impurezas provenientes da lavoura e remoção da casca da soja. Estes resíduos são armazenados em um silo de “casquinha” e retirados por caminhões. A soja limpa vai para os silos e posteriormente é encaminhada aos secadores.
Depois de seca, a matéria-prima vai para o silo, depois para o silo pulmão e em seguida para a etapa da preparação. A soja sofre sua primeira transformação no setor Preparação: um conjunto de quebradores trituram o grão; e um conjunto de máquinas laminadoras transformam a soja quebrada em lâmina delgada. Depois de laminada ocorre a expansão da massa, ou seja, a lâmina de soja recebe vapor no interior de um equipamento com uma rosca sem fim que empurra a massa para uma matriz com perfurações, desta forma, a massa tornasse porosa e aumenta a área de contato do óleo com o solvente, com isto facilita a extração por solvente, que é a próxima etapa do processo, de onde resultam o óleo bruto e o farelo de soja. O óleo bruto passa por uma etapa denominada de degomagem, onde resultam o óleo degomado e a goma que após passar pela etapa de secagem se transforma em lecitina. O
farelo de soja é obtido a partir da moagem, secagem e peletização
O farelo de soja representa em média 80% da produção,o óleo de soja 29% e a lecitina 1%.

EFEITOS DA TEMPERATURA DE ARMAZENAMENTO SOBRE A CONSERVABILIDADE DE GRÃOS DE SOJA
Muitos fatores afetam os grãos durante o período de armazenamento, mas os mais importantes são a umidade e a temperatura dos grãos e do ambiente em que foram armazenados. O armazenamento pode ser realizado através de vários sistemas, como a granel, em sacaria, hermético, com atmosfera modificada ou não. Em qualquer circunstância, o armazenamento deve ser compatível com as
características e com a quantidade de grãos. Também deve ser levada em conta a estrutura onde são armazenados os grãos, para que possam haver controle e manejo operacional adequados durante o período de armazenamento. As informações a respeito de armazenamento de grãos são limitadas no Brasil, por isso são necessários estudos que gerem conhecimentos fundamentais para que se possa manter a qualidade dos grãos em toda a cadeia produtiva. Objetivou-se, com o trabalho, estudar influências da temperatura do ar na secagem estacionária e das condições ambientais no armazenamento sobre a conservabilidade de grãos de soja.
Colhidos com umidade próxima a 20%, após a pré-limpeza e a secagem até 13% de umidade os grãos foram armazenados durante seis meses em duas condições controladas, em 17°C a 65% e em 27°C e 45% de umidade relativa, respectivamente. Foram avaliados grau de umidade, teor de óleo, acidez do óleo, proteínas e peso volumétrico de acordo com a metodologia oficial.
Resultados indicam que:
1) a redução de 27 para 17°C na temperatura de armazenamento de grãos de soja aumenta a preservação do teor de óleo, da acidez, do teor de proteínas e do peso volumétrico dos grãos de soja, retardando sua deterioração;

2) a temperatura de armazenamento tem muito mais influência sobre a preservação do óleo e das proteínas do que sobre o peso volumétrico.